O QUE É NEOLOGISMO?
Os neologismos estão presentes nos bate-papos pela internet!
O próprio significado da palavra neologismo o define: nova palavra. Os neologismos são muito comuns na mídia e também com os recém-chegados como, por exemplo, a internet. Nesta, encontramos vários termos que acabaram se tornando cotidianos em nosso vocabular: deletar, printar, escanear, mouse, site e etc.
Esses termos surgem como um modo de suprir uma necessidade vocabular momentânea, transitória ou permanente.
Momentânea: surge bruscamente em um diálogo entre amigos. Pode até ter uma repercussão maior, mas acaba sendo esquecida com o tempo: somatoriar.
Transitória: aparece em um determinado grupo e se espalha para os demais. Pode tanto ser esquecida, como pode se tornar parte do vocabulário da língua: mensalão.
Permanente: surge rapidamente, mas por ser muito utilizada, acaba por se estabelecer de vez no idioma e se tornar parte do léxico: deletar.
Geralmente, os neologismos são criados a partir de processos que já existem na língua: justaposição, prefixação, aglutinação e sufixação.
Podemos dizer que neologismo é toda palavra que não existia e passou a existir, independente do tempo de vida.
Pode ser ainda a aquisição de palavras pertencentes à outra língua, como em alguns dos termos na informática, já citados acima. Ainda pode ser um novo sentido que damos a termos já existentes, como por exemplo, a palavra burro, que ganhou novo significado: pessoa que não é inteligente!
O neologismo está presente na representação de sons (puf!, Vrum!, miar, piar, tibum, chuá, cataplaft, etc) e na linguagem do msn (blz, flw, t+, qq, vc, ker, abc, xau, bju, etc).
Nesta última, até mesmo os próprios símbolos são neologismos, uma vez que estes representam a linguagem não verbal e são considerados como parte da língua: =) (feliz), =( (triste).
Nós, como falantes, sentimos necessidade em criar e recriar palavras e sentidos, pois a língua é viva e apresenta muitas possibilidades de transformações, inovações.
Um exemplo muito citado de neologismo está no poema de Manuel Bandeira que possui este mesmo título:
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
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